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Ao lado do presidente Lula (PT), Dilma Rousseff voltou ao Palácio da Alvorada após quase oito anos, quando foi destituída do cargo após sofrer impeachment. A visita à residência oficial da Presidência da República do Brasil foi publicada nesta sexta-feira pelo presidente em suas redes sociais.
Atualmente, Dilma Rousseff é presidente do Banco dos Brics, e reside na China. "Recebi a companheira Dilma no Palácio da Alvorada hoje de tarde. Primeiro retorno dela ao Alvorada desde 2016. Sempre bem-vinda", postou o petista. A saída de Dilma à época encerrou um ciclo de mais de 13 anos do Partidos dos Trabalhadores no comando do Executivo.
O afastamento definitivo de Dilma da Presidência ocorreu no dia 31 de agosto de 2016, após meses de um processo de impeachment. No Senado, instância final, foram 61 votos a 20 pela retirada da petista do poder Executivo, por crime de responsabilidade contra a lei orçamentária ao atrasar repasses do governo a bancos públicos, o que ficou conhecido como "pedaladas fiscais".
Dilma foi a segunda presidente eleita após a redemocratização do país a não concluir seu mandato. O primeiro foi Fernando Collor de Mello, que sofreu o impeachment em 1992.
Anos após a condenação, já com Lula de volta ao poder, Dilma afirmou que o seu processo foi a "condenação de uma inocente". A fala ocorreu após o Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidir pela manutenção do arquivamento da ação das "pedaladas fiscais", em 2023.
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) chegou a protocolar um projeto de resolução que prevê a devolução simbólica do mandato. Na proposta, ele afirma que o cargo foi cassado por “hipotético crime de responsabilidade, as perspectivas fática e jurídica, nunca aconteceram”. Judicialmente, no entanto, não houve resolução de mérito, ou seja, ela não foi absolvida. O petista diz ter se inspirado no projeto apresentado pelos senadores Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) e Pedro Simon que, em 2013, anulou a sessão que afastou o então presidente João Goulart no início da ditadura militar.
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