Nem tomou posse ainda e a prefeita eleita Léa Toscano começa a colecionar insatisfações entre os seus apoiadores. E as queixas começam a ganhar as ruas.
Nesta quinta, 5, o empresário e presidente do MDB Deda Claudino foi além, escolheu uma entrevista na rádio da prefeita para realizar o seu desabafo. "Acho que essa é a última entrevista que estou dando aqui na Constelação, sem ser por morte", disse Deda sobre eventual veto que passará a ter ao seu nome por parte de Léa.
Dirigente do partido do vice-prefeito eleito, Deda Claudino disse que, com Raimundo Macedo, conversa frequentemente. "Mas a situação de Raimundo é limitada, dentro do plantel. Quem toma as decisões é a prefeita Léa, juntamente com a deputada Camila Toscano."
Segundo Deda, da maneira que Léa tem conduzido o grupo, ele não tem condições de permanecer, pois trabalhou e dedicou-se muito, mas não está tendo nem o respeito de receber uma ligação telefônica da prefeita eleita. "Isso está me deixando muito triste", assinalou.
O presidente do MDB lembrou que participou de todas as articulações políticas em favor da candidatura de Léa Toscano, citando o vereador eleito Vando do Mutirão, do seu partido, que teria decidido apoiar a então candidata através de Deda Claudino.
"Eu acho um ato da prefeita Léa para comigo de falta de respeito. Até o presente momento, nós não conversamos, ela montou todo o seu secretariado, e nem sequer eu recebi uma ligação de bom dia", reclamou.
O empresário guarabirense fez outra revelação polêmica. "Eu tenho certeza que, se as eleições fossem hoje, a prefeita Léa perderia pelo triplo ou quádruplo dos votos (vantagem com a qual venceu, de 1.492 votos)."
Para Deda Claudino, Léa não está sabendo manter os aliados que foram importantes, que deram cada passo na campanha.
"Ela não pense que ganhou a eleição sozinha. Ninguém ganha as eleições sozinho. Isso é um grupo. Então, se ela acha que ganhou as eleições sozinhas, no peito e na raça, não foi assim. Deda participou. Quer queira, quer não, o prefeito Marcus participou, a ajudou também."
O presidente do MDB revelou que foi convidado para estar na oposição, durante a campanha eleitoral. "Eu tenho certeza que, se eu tivesse ido, ela não teria ganhado essas eleições. Eu não ganho dinheiro em política, eu gasto dinheiro em política. E eu não estou aqui para babar Léa, Raniery, ninguém", desabafou.
"Eu votei nela pela circunstância de achar que era o melhor para Guarabira. E quando eu sentei com ela, eu achava que ela iria me respeitar. Sentei à mesa, traçamos todo um projeto, e nada disso aconteceu. Eu não vou atrás dela, não. Eu só digo uma coisa: daqui a dois anos vai ter eleição novamente, e eu tenho certeza que, se ela não tiver um grupo coeso do lado dela, não será fácil, não, porque Toscano e Paulino em Guarabira o povo já está cheio. Será que Guarabira, dentro de seu contrato de existência, está dito que a cidade só pode ser administrada por Toscano ou Paulino? De forma nenhuma."
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