A contratação da cantora Joelma para apresentações nas cidades de Nova Cruz, no Rio Grande do Norte, e Guarabira, na Paraíba, levantou questionamentos nas redes sociais devido à discrepância nos valores pagos pelos municípios. Enquanto Nova Cruz desembolsou R$ 300 mil pelo show realizado no dia 14 de janeiro de 2025, Guarabira contratou o mesmo espetáculo por R$ 400 mil para a apresentação marcada para o dia 1º de fevereiro de 2025.
De acordo com os documentos públicos divulgados, ambos os contratos foram firmados por inexigibilidade de licitação, uma prática comum em casos de artistas que possuem representação exclusiva. Em Nova Cruz, o contrato foi assinado com a empresa “Musc e Editora Produções Artísticas Ltda.” pelo valor de R$ 300 mil, justificando-se como parte das comemorações culturais da cidade. Já em Guarabira, a Prefeitura contratou o show por meio da “F. Araújo Produções Artísticas Ltda.” pelo valor de R$ 400 mil, como atração principal da tradicional Festa da Luz, um dos maiores eventos da região.
A diferença de R$ 100 mil entre os valores chamou atenção e gerou críticas de cidadãos nas redes sociais. Parte do debate gira em torno da justificativa para essa discrepância. Em Nova Cruz, o evento foi tratado como um show em uma data específica, enquanto em Guarabira o show é considerado uma das principais atrações de um evento cultural de maior porte, o que pode impactar custos logísticos, de estrutura e cachê da artista.
Até o momento, a Prefeitura de Nova Cruz e Guarabira, não se manifestaram sobre o valor pago.
De acordo com especialistas em contratações públicas, diferenças nos valores pagos por shows do mesmo artista são comuns e podem ser influenciadas por fatores como data, local do evento, demanda, expectativa de público e complexidade da estrutura necessária. No entanto, a transparência nos gastos públicos é essencial para evitar especulações e garantir que os recursos sejam aplicados de forma eficiente.
A discussão sobre os valores pagos por eventos culturais continua a gerar debates, especialmente em tempos de maior fiscalização popular sobre os gastos públicos. Resta saber se haverá esclarecimentos mais detalhados por parte das prefeituras envolvidas.
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