O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou, nesta terça-feira (25), a exoneração de Nísia Trindade do comando do Ministério da Saúde. A decisão representa a oitava mudança na Esplanada dos Ministérios desde o início do terceiro mandato de Lula. Para ocupar a pasta, o governo confirmou a nomeação de Alexandre Padilha, atual ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais.
A saída de Nísia ocorre em meio a pressões para que a gestão da Saúde ganhasse um perfil mais político e acelerasse entregas consideradas estratégicas pelo Planalto. Desde o início do ano, encontros reservados entre Lula e a ministra intensificaram as cobranças sobre sua atuação.
A falta de apoio interno também pesou na decisão. Segundo fontes ligadas ao governo, aliados de Nísia expressaram insatisfação com a ausência de uma mobilização mais contundente por parte de mulheres do PT e de setores do governo para garantir sua permanência.
Primeira mulher a liderar o Ministério da Saúde, Nísia Trindade foi nomeada por Lula ainda na fase de transição do governo, em dezembro de 2022. Antes disso, presidiu a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), onde coordenou iniciativas de combate à pandemia de Covid-19, incluindo a criação do “Observatório Covid-19”, responsável pelo monitoramento e divulgação de informações sobre a crise sanitária no Brasil.
A substituição reforça a estratégia do governo de alinhar a gestão ministerial às demandas políticas do Executivo, especialmente em pastas consideradas sensíveis e de grande impacto na população.
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