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Roberto Jefferson paga cerca de R$ 40 mil pelo conserto de viatura da PF que ele fuzilou com 42 tiros

Em outubro de 2022, o ex-deputado federal reagiu com disparos de fuzil e granadas à ordem de prisão decretada pelo STF

23/07/2024 às 18h20
Por: Redação Fonte: O Tempo
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Viatura da Policia Federal com tiros disparados pelo ex-deputado Roberto Jefferson
Viatura da Policia Federal com tiros disparados pelo ex-deputado Roberto Jefferson

O ex-deputado federal Roberto Jefferson pagou cerca de R$ 40 mil pelo conserto de uma viatura da Polícia Federal (PF). Em outubro de 2022, Jefferson disparou 42 tiros de fuzil contra o veículo enquanto agentes tentavam cumprir um mandado de prisão contra ele no Rio de Janeiro. A ordem foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A defesa de Roberto Jefferson apresentou à Justiça Federal, na última semana, um comprovante de pagamento de R$ 39.581,32. Segundo a Polícia Federal, o veículo necessitou de reparos no sistema de ar-condicionado e no motor, além de pintura e lanternagem para corrigir as marcas dos disparos na carcaça. Esses danos foram detalhados em uma sindicância aberta pela PF.

A reportagem de O TEMPO em Brasília tentou contato com a defesa do ex-deputado, mas não obteve retorno até o momento da publicação.

Além dos disparos de fuzil, o político também recebeu os agentes da PF com granadas. Pelo menos três explosivos foram lançados contra os policiais enquanto tentavam acessar a residência do então dirigente do PTB, em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro. Os agentes cumpriam uma ordem de prisão por violação das regras de prisão domiciliar.

O ministro Alexandre de Moraes decidiu revogar a prisão domiciliar de Roberto Jefferson após ele gravar um vídeo, em outubro de 2022, com ofensas contra a ministra Cármen Lúcia, do STF. O vídeo, publicado nas redes sociais de sua filha, a ex-deputada federal Cristiane Brasil, comparava a ministra a uma "prostituta", chamava-a de "bruxa de Blair" e continha insinuações sexuais.

O vídeo foi divulgado após o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral, no qual a ministra votou a favor de punir a Jovem Pan por "divulgação de ofensas e fatos sabidamente inverídicos" contra o então candidato e atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, ela deu o voto de minerva, resultando na obrigatoriedade de a emissora conceder direito de resposta ao petista.

Foi após a publicação desse conteúdo que o ministro Alexandre de Moraes revogou a prisão domiciliar de Jefferson, no âmbito do inquérito que investiga uma organização criminosa com ações contra o Estado Democrático de Direito. Atualmente, ele está preso e recebe tratamento de saúde no Hospital Samaritano Botafogo.

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