O Instituto São José, responsável pela administração do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, ajuizou mais uma ação judicial de mais de R$ 1 milhão contra o ex-gestor da instituição, o padre Egídio de Carvalho Neto.
A nova demanda, desta vez por danos materias, busca reparação pelos impactos gerados à credibilidade e às operações financeiras do Instituto, afetadas por um esquema de desvio de recursos milionários liderada pelo padre, que atualmente é investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) em várias operações.
Até a última atualização desta matéria, og1 não conseguiu contato com a defesa do padre Edígio.
De acordo com a petição inicial, o padre é acusado de desviar mais de R$ 140 milhões ao longo de uma década, período em que esteve à frente da instituição. Os desvios, identificados em investigações como as operações Indignus e Pai dos Pobres, foram destinados à aquisição de imóveis de luxo em diversas cidades e à compra de bens pessoais de alto valor. Além disso, ele teria subtraído 670 produtos doados pela Receita Federal ao hospital, incluindo iPhones, que deveriam ser leiloados em benefício da entidade.
Em outubro, o Instituto São José pediu uma indenização de pelo menos R$ 1 milhão por danos morais. Neste novo pedido, alega que a exposição do esquema e as consequências financeiras resultantes dos desvios abalaram profundamente sua imagem junto à sociedade e aos parceiros financeiros.
Entre os valores desviados diretamente citados no processo estão: R$ 525.877,77provenientes da subtração de produtos doados pela Receita Federal; R$ 363.926,00 desviados através de operações fraudulentas com empresas parceiras, com parte destinada à compra de imóveis e móveis de luxo; R$ 193.440,00 correspondentes a desvios relacionados a fraudes administrativas.
Dessa forma, a nova ação solicita uma indenização de R$ 1.083.243,77, proporcional ao impacto negativo causado à sua reputação, além da reparação dos danos financeiros previamente requisitados. O pedido inclui também o reconhecimento da conduta ilícita do padre Egídio e de outros envolvidos nos processos criminais correlatos.
Como entidade filantrópica que depende de doações e repasses públicos para se manter, a perda de credibilidade comprometeu significativamente a arrecadação e, por consequência, a continuidade dos serviços de saúde oferecidos à população.
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